Olá, leitores!
Hoje irei postar o primeiro capítulo do meu novo livro: O portal de Oriun, o qual já estou nos últimos detalhes e final de escrita. Nesse livro, uso a mitologia grega como base, e os dois Deuses Hades e Zeus travando uma nova batalha, e ultilizando os humanos como os seus "fantoches".
A minha ideia é usar a teoria do "Ragnarok" em meio ao livro, porém o apocalipse dos deuses faz parte da mitologia nórdica e não grega. Mas achei que seria legal unir a ideia e criar algo diferente e que talves nunca usado antes.
Vejo muitos autores postando partes de seus livros em seus blogs, e até todo o conteúdo, acho a ideia legal e estou pensando em continuar postando capítulos desse livro aqui no meu blog. Para quem gosta de fantasia medieval no estilo juvenil, fiquem a vontade e acompanhem os primeiros trechos desse meu novo livro.
Abaixo o prefácio e prólogo original do livro. Também o primeiro capítulo.
Prefácio:
Criar
ou adaptar uma mitologia, sempre é um trabalho difícil e cheio de
obstáculos, porém, eu: Aldemir Alves, sou um apaixonado por mitologias e
seus Deuses seduzidos por desejos carnais. Criar algo baseado na
mitologia grega; foi para mim uma tarefa complicada, porém, prazerosa. O
portal de Oriun aborda o conflito entre os deuses: Zeus e Hades, e uma disputa pelos portais espalhados pelo Universo.
Um novo vilão estará à mercê de Hades.
Zarc
é seduzido pela promessa de Hades, o qual lhe oferece a imortalidade. O
vilão espalha o terror entre os portais e trama destruir todos os
mundos; seduzido por poderes sem limites, ele estará frente aos exércitos
do submundo.
Dois garotos criados no planeta terra descobrem que não são humanos e partem em uma aventura surpreendente.
Quais são suas verdadeiras origens?
“Um
mundo, suas crenças, seus treinamentos, um rei e sua família. O poder
apresentado de uma forma verdadeira: afinal não importam suas armas, e
sim suas verdadeiras intenções”.
Prólogo
Zeus
o deus dos trovões, senhor do Olimpo, é filho de Cronos e Réia, criou
toda a vida do Universo e designou-a aos seus filhos: os humanos. A
história de Zeus começa quando Cronos, seu pai, tinha o hábito de
devorar seus próprios filhos para que não tomassem seu lugar no trono.
Até que Zeus nasceu e sua mãe Réia já cansada de tanto sangue e
sofrimento, deu a Cronos uma pedra embrulhada no lugar de Zeus, salvando
sua vida. Réia decidiu que Zeus seria o ultimo filho e encerraria o
reinado de sangue e sofrimento e tomaria o trono do pai.
Assim
que Cronos descobriu que tinha engolido uma pedra ao invés do filho
saiu à procura de Zeus, mas não o encontrou. Zeus foi criado no bosque
de Creta e foi alimentado com mel e leite de cabra. E quando cresceu foi
a caminho do pai para combatê-lo, eles viraram grandes inimigos, Zeus
obrigou seu pai a engolir uma bebida mágica, que restituiu todos os
filhos que no passado tinha devorado. Foi então que Zeus conheceu seus
quatro irmãos: Deméter, Poseidon, Héstia e Hades, faltou apenas a Hera,
que como Zeus foi poupada e não estava ali.
Zeus
ainda liberou ciclopes que deu a ele o Raio. Então após dez anos, que
foi o tempo que durou a guerra, subiu ao Olimpo junto com seus irmãos
Poseidon e Hades que o ajudaram a destruir Cronos, e então comandaram o
Céu, a Terra e os demais deuses.
Zeus
tinha o poder dos fenômenos atmosféricos e criava relâmpagos e trovões e
com sua mão direita lançava a chuva, podia usar sua força como
destruidora, mas também mandava chuvas para as plantações.
Ele
casou-se três vezes, sua primeira esposa foi Métis a deusa da prudência
e com ela teve sua filha Atena. Sua segunda esposa foi Têmis a deusa da
justiça. E sua terceira esposa foi sua irmã Hera e com ela teve vários
herdeiros, mas o único que foi filho legítimo de Hera e Zeus fora Ares,
que era o Deus da guerra. Hera era muito ciumenta e agressiva já que
Zeus desonrava sua vida e tinha muitas amantes, e que também acabou
tendo muitos filhos fora de seu casamento. Zeus usava seu poder de
sedução e até usava as mais belas metamorfoses para conquistar as
mulheres. As mais conhecidas são: o Cisne de Leda e o Touro da Europa.
Zeus é o deus que dá ao homem o caminho da razão e também ensina que o verdadeiro conhecimento é obtido apenas a partir da dor.
Hades o Deus do submundo
Hades,
deus do mundo subterrâneo (ou deus do inferno) da mitologia grega (ou
Plutão, na mitologia romana), filho de Cronos e Réia, irmão de Zeus,
Héstia, Demeter, Hera e Poseidon. Era casado com Perséfone (Cora para os
romanos), que raptou do mundo superior, para ter como sua rainha. Este
mito ficou muito conhecido como o rapto de Cora . Ele a traiu duas
vezes, uma quando teve um caso com a ninfa do Cócito e também quando se
apaixonou por Leuce, filha do Oceano. Hades domina o reino dos mortos,
um lugar onde só imperava a tristeza. Conseguiu esse domínio através de
uma luta contra os titãs, que Poseidon, Zeus e ele venceram. Assim
Poseidon ficou com o domínio dos mares, Zeus ficou com o céu e a Terra e
Hades com o domínio das profundezas.
É
um deus imprudente e seu eu nome quase nunca era pronunciado, pois
tinham medo, para isso usavam outros nomes como o de Plutão. Um deus
muito temido, pois no seu mundo sempre havia espaço para as almas. Seu
mundo é dividido em duas partes: o Érebo onde as almas ficam para ser
julgadas e receber seus castigos ou então suas recompensas; e também a
parte do Tártaro que é a mais profunda região onde os titãs ficavam
aprisionados. Hades é presidente do tribunal, e, é ele quem da sentença
aos julgamentos.
Além
das sombras e almas encontradas em seus domínios, o inferno é
cuidadosamente vigiado pelo Cérbero que é seu cão de três cabeças e
cauda de Dragão. Hades é conhecido como hospitaleiro, pois nos seus
domínios sempre existe lugar para mais uma alma. O deus quase nunca
deixa seus domínios para se preocupar com assuntos do mundo superior,
fez isso duas vezes quando foi raptar sua esposa e a outra quando foi
para o Olimpo se curar de uma ferida feita por Heracles.
Hades
tem o poder de restituir a vida de um homem, mas fez isso poucas vezes e
muitas delas a pedido de sua esposa. Também conhecido como o Invisível,
pois conta com a ajuda do seu capacete que o protege de todos os
olhares. Este capacete também foi usado por outros heróis como Atena e
Perseu.
No
entanto, Hades manteve por séculos um rancor oculto por Zeus, não
aceitava ter como legado o mundo dos mortos e poder observar o seu irmão
comandar a melhor parte do Universo. Hades invadia o mundo dos mortais
periodicamente e plantava sobre eles a maldade, criava vilões e promovia
a discórdia entre os mortais. Tendo como objetivo destruir todas as
vidas humanas e promover o primeiro apocalipse.
Por
séculos Hades tramou contra Zeus, até o dia em que finalmente trouxe ao
mundo o apocalipse, e todos os deuses lutaram entre si, e morreram na
maior batalha que esse Universo já presenciou. Porém, Zeus ressurgiu como uma fênix
e novamente se tornou onipresente. Zeus não trouxe vida aos seus irmãos
deuses, e plantou sobre a terra dois mortais, Arin e Cesar.
Os mortais tinham a missão de reinar sobre os mundos novamente e reconstruírem um novo legado de paz e esperança.
Arim,
estava satisfeito com o legado destinado a si e gozava do bem concebido
plantando e colhendo a sua própria fartura. Já Cesar, desejava uma
esposa e orava todas as noites pedindo a Zeus uma mulher, para que suas
raízes se espalhassem pela terra. Zeus o escutou e deu a ele uma esposa,
Laila, a mulher com fisionomia de uma Deusa.
Laila
desejou Arim e traiu Cesar com o irmão, então, houve discórdia no
paraíso. Os sentimentos imundos e o início do mal ressurgiram novamente
sobre a terra, esse incidente deu vida novamente a Hades, que ressurgiu
mais poderoso do que nunca.
Zeus
percebeu o renascimento do irmão maligno e para confundi-lo dividiu os
mundos, criando portais e várias dimensões. Os humanos poderiam
sobreviver em qualquer lugar e o irmão maligno teria muito trabalho para
corromper as almas novamente. Mas Hades não desistiria facilmente de
seus planos e reivindicou o inferno novamente, e a partir daquele
momento, jurou ferir e matar toda a vida do Universo...
Os filhos de Egoz
Capítulo 1. O portal de oriun
No frio inverno do Alasca, nas montanhas da cidade de Akriok, cuja
população não excedia 80 famílias – em um total de 200 habitantes. Um
homem com aparência desgastada, visivelmente entre a idade de 60 anos,
com fortes traços orientais, trajando um longo manto amarelado,
movimentava-se, lentamente, enquanto seguia observando os lindos iglus -
esculpidos pela própria neve conservada. O homem montava um enorme urso
de kodiak, cinzento, criatura poderosa, carnívora e amedrontadora, mas
para Joaquim, era um animal de estimação. Montaria doce e mansa - um bom
companheiro.
Ao
longe, em meio aos respingos de neves, que caiam suavemente sobre o
vilarejo desértico, Joaquim observa um homem parado, frente a sua
moradia. Sem muita pressa, se aproxima, logo em seguida, inicia um
dialogo com o morador local:
—
Saudações, meu senhor! Sou Joaquim Yang, descendente do clã sexto, da
ordem dos magos de Gyong-ju. Procuro por uma família de sobrenome
“Silva” Gisele Silva e Rafael Mello Silva, velhos amigos de longa data. —
Ainda frente ao homem, que se mantém calado, Joaquim pausa a conversa
por alguns segundos, enquanto expele um sopro quente, bafejando as suas
luvas – sujas. Pelas rédeas que prendiam o seu animal.
—
Há sim, família Silva. O casal de brasileiros... Caminhe por mais oito
iglus nessa direção, a nona moradia é habitado pela família Silva. —
Responde o homem, com um sorriso estampado ao rosto, aparentemente, uma
pessoa amistosa.
Joaquim inclina o seu corpo, e puxa com força a rédea, o animal se contorce, ficando ereto, antes de partir, ele agradece:
— Qual é a sua graça, meu bom homem?
— Lazaro meu senhor, eu me chamo Lazaro!
—
Muito obrigado pela informação, Lazaro, tenha um bom dia! — O grande
animal cavalga pelos oitos iglus, até que estaciona frente à nona
moradia. Joaquim salta do animal, faz carinho na fera, retira uma
garrafa, com um liquido amarelado em seu interior. Vagarosamente leva-o
aos lábios, toma um gole demorado, em segui sussurra: “Salve Barbárie”
respinga três gotas ao chão “Pro santo”, em seguida deixa o grande urso
de nome “Pow” prá trás, até que se vê frente à porta congelada.
— Rafael! Ôooo, Rafael...
— Quem é? Gisele veja quem esta gritando na porta!
— Olá?! Quem está ai? — Gisele se aproxima, abrindo a porta se depara com Joaquim — Oi, eu posso ajudá-lo, meu senhor?
O velho forçou um sorriso, exibindo os dentes amarelados por causa dos tantos fumos que consumia diariamente:
— Gisele? Não se lembra de mim, sou eu, o Joaquim!
— Joaquim... Não o reconheci, está bem mais velho!...
Haviam
se passado treze anos, desde o ultimo encontro entre a família: Silva e
Yang, muita coisa mudou, principalmente a fisionomia do velho amigo,
Joaquim, que agora expelia uma enorme barba branca. Tão longa que
alcançava a enorme barriga, coberta pela vestimenta de pele de carneiro.
Rafael
caminhou em passos largos, próximo ao amigo, se jogou aos seus braços,
abraçando-o como se fossem parentes distantes, separados por longas
datas:
— Velho amigo, seja bem vindo! O que o trás aqui, tão cedo?
—
Posso entrar antes de contar-lhe as novidades? — Perguntou Joaquim, com
um sorriso sobre o rosto, pálido, castigado pela ventania do Alasca.
— Claro! Por favor, entre... — Respondeu-lhe Rafael.
O
velho adentrou o local, estremeceu o corpo em protesto conta o frio
tortuoso de Akriok, exibindo uma careta muito engraçada, iniciou um
diálogo:
—
Serei breve, meus amigos, nesse momento sugeriria para que se sentassem
e se possível, me sirvam uma bebida quente! — Joaquim sorriu — era um
homem espaçoso, mas suas próximas palavras, poderia não agradar o casal.
Ser hilário naquele momento seria válido...
Gisele
caminhou até a lareira, onde no canto esquerdo, havia várias latas de
alimentos, vazias, mais acima, na tabua de madeira verde, que simulava
um armário de cozinha. Estocava; café, leite em pó, açúcar, arroz e
feijão. Havia também alguns animais cervos, conservados, próximos à
pequena mesinha improvisada com a cômoda envelhecida: (um dos poucos
pertences trazidos do Brasil). Um friozinho agradável soprava sobre a
testa de Gisele — Que cantava uma bela canção — deixando que a sua voz
pairasse rumo à floresta congelada.
— Pronto, o café esta delicioso, sirva-se Joaquim! — Respondeu Gisele, sendo atenciosa com ele.
Os
fiapos de barba, branquejados de Joaquim, se movimentaram lentamente —
ele sorriu — levou a sua mão até a caneca, despejou o café preto, de
cheiro forte. Logo se deliciou vagarosamente, “há como é delicioso o
café brasileiro”...
Gisele
e Rafael se mostravam tensos, enquanto aguardavam o velho degustar mais
um gole de café. Quando ele finalmente terminou, disse-lhes:
—
Agora é serio, eu trago noticias pouco amistosas! — bateu à xícara de
café na mesa, Gisele deu um pulo da cadeira, levou a mão ao queixo e fez
cara de preocupada. Joaquim fixou o olhar sobre ela, voltou dizer: — Já, já eu conto. Deixe-me tomar mais uma xícara de café...
Velho ranzinza “pensou Gisele”, mas continuou aguardando as palavras do homem.
Joaquim
juntou os lábios três vezes, exibindo um bico engraçado, soprou e se
deliciou novamente. Após consumir todo o liquido, se pronunciou:
— Gisele, Rafael! Não estou notando a presença dos garotos, onde estão? — Pergunta Joaquim, enquanto enche outra caneca de café.
Gisele arregalou os olhos — esse era o seu temor — Joaquim procurava por Alex e Alexandre, seus filhos. Amados meninos:
—
Os meninos, sairão, foram buscar madeiras na floresta, a noite costuma
ser muito fria por aqui, a fogueira deve ser alimentada de uma, em uma
hora... — Justificou Gisele, enquanto mordia o canto da boca, “mania de
quem estava preocupada”.
Rafael entrando na conversa faz um comentário:
—
Mas, ainda não é chegada a hora de buscar os meninos, ainda não
completaram os dezoito anos, Alex está com quinze, Alexandre com
dezessete. Pensei que a sua visita seria para outro propósito. — Murmura
Rafael, com olhos firmes.
Joaquim respondeu rapidamente:
—
As coisas mudaram, caros amigos... A terra de Oriun sofre grandes
perdas, Zarc ameaça invadir o mundo dos humanos, nossos soldados não
suprem mais os seus exércitos, fomos obrigados a mudar os nossos planos.
Precisaremos treinar os garotos, eles deverão ser entregues antes de
completar a maioridade, se não o fizermos; o mundo corre grande
perigo... — Joaquim disse essas palavras com olhos firmes e rígidos,
sobre o casal. O café esfriava sobre a mesa.
Gisele esbofeteou a mesa, lançando a xícara ao chão:
—
Não! Não, e Não, Poderá levá-los, foi designado para que nós
cuidássemos deles até os dezoito, não pode levar os meus meninos. —
Gisele se levanta em prantos, Rafael levanta-se, acolhe a esposa sobre
os seus braços.
Joaquim se apoderou de um pano de prato sobre a mesa, limpou os respingos de café, em seguida se pronunciou:
—
Infelizmente, as coisas mudarão. Eu não gosto da idéia de usar
crianças, como soldados, mas não temos outra escolha. Saibam que não são
somente os filhos de Egoz, que deverão ser entregues a Zarc, todos os
garotos de Oriun serão obrigados a lutar. — O mago pausou a conversa, em
seguida voltou a dialogar— Antes que os garotos fossem entregues a
vocês, foi anunciado que não seriam crianças normais, não são humanos,
também não são seus filhos de sangue. Não quero que eles saibam que
podem perder pela segunda vez as suas famílias, então, as coisas devem
acontecer normalmente. Há, e, Vocês deverão vir comigo, também!
Rafael prestou atenção nas ultimas palavras do mago:
— Serio? Obrigado, Joaquim! – Responde, enquanto consolava Gisele...
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Floresta congelada de akriok
Mais
adiante, em meio à enorme floresta congelada, Alex, corre em dispara,
enquanto é seguido por Alexandre; que dispara em sua direção pequenas
bolinhas de neve. Uma brincadeira muito explorada pelos garotos do
Alasca.
—
Bem na nuca! Há! Há! Continuo com a mira calibrada! — Afirmou Alexandre
se gabando, por acertar pela quarta vez, a nuca de Alex.
— Não valeu! Você esta usando magia, outra vez. Não vale! — Choramingou Alex, não aceitava perder em tudo para o irmão.
—
Já disse que não sei usar magias, sempre quando você perde, diz essas
coisas... — Respondeu-lhe, Alexandre, o irmão mais velho, um tanto
marrento.
—To sabendo, tem sorte que não consigo usar magias, senão ia ver só!
— Deixa de conversa, engraçadinho! Vamos pegar os troncos e ir pra casa, a mamãe já deve estar preocupada...
—
Tem muita sorte, muita mesmo, senhor Alexandre... — Murmurava Alex,
baixinho enquanto caminhava em direção aos troncos cortados.
Alex
juntava as madeiras do canto direito, Alexandre do esquerdo, havia
muita madeira sobre a neve. Cada qual tinha a sua machadinha própria e
muita disposição para garimpar as árvores ressecadas. Castigadas pelo
vento forte.
Alex
queria disputar até mesmo, quem juntaria o maior monte de madeiras, os
irmãos eram brincalhões, inseparáveis. O ultimo tronco estava há cinco
metros, próximo à pequena moita de neve. Alex olhou em direção ao irmão,
que já observava o mesmo pedaço de tronco. Quem chegaria primeiro?
—Há!
Há! — Se gabou Alexandre, enquanto forçando o seu calcanhar, arranca em
disparada... Mas há dois metros tropeça e cai de cara na neve. — Alex
sorri— enquanto rapidamente exibe o seu premio “Eu disse, desta vez eu
ganhei, recolhi mais madeiras do que você”!
Alexandre acenou para o irmão caçula — na verdade ele caiu por querer — “Vamos embora, essa você ganhou”!
Alex
estava muito feliz pela vitoria e preparado para seguir rumo a sua
casa. Até que o chão estremeceu, o monte de neve ao seu lado foi lançado
ao ar, um enorme URSO polar, surge com suas garras afiadas e os seus
dentes ameaçadores. O pequeno caiu de costas ao chão, à criatura ficou
ereta, de pé, estava pronto para devorá-lo.
—
Foge irmão, foge! —Alexandre estava totalmente desesperado, mas não
havia como escapar, a criatura deslizou em direção ao irmão caçula,
pronto para matá-lo. — Alexandre ficou aéreo — o seu corpo estava
quente, o seu coração disparado, olhos avermelhados e rígidos. Talvez
fosse medo, coragem. Agora não seria uma boa hora para distinguir
tamanho sentimento. — Alexandre curvou o seu corpo há frente, lançou a
sua mão direita pra trás, tão fortemente que riscou a neve -
profundamente. Em poucos instantes projeta as duas mãos em direção ao
animal, lançando sobre a criatura uma grande bola de magia dourada, — o
local estremece — o animal foi lançado a três metros de distancia,
faíscas avermelhadas são lançadas em várias direções. O animal expele um
rugido, agudo, rapidamente foge em dispara, rumo à floresta sem fim.
Alexandre correu em direção ao irmão, puxou o seu braço, em seguida disse-lhe:
—
Vamos rápido, temos que partir... — Se abaixou, pegaram em seus braços
quantos troncos podiam carregar. Ele deixou que Alex andasse na frente,
caminhavam em direção a sua casa. Alex ficou em silêncio, caminhou
vagarosamente, enquanto podia observar pequenas escoriações na neve, que
derretia quando tocada pelos restos de magias, criadas pelo irmão. Não
comentou sequer uma palavra, mas os seus pensamentos ficaram atordoados
pela realidade do acontecimento.
"Outra vez havia sido salvo pelo irmão
mais velho"...