Olá,
leitores!
Hoje
quero apresentar a vocês, um novo trabalho de minha autoria, “os filhos de
Egoz”. Esse livro segue o mesmo rumo de Esteros, uma aventura juvenil com o
tema fantasia medieval.
O
livro trás como protagonistas, os irmão Alex e Alexandre, filhos do rei Egoz,
descendentes da coroa de Oriun. A história se passa na terra mágica, conhecida
como Oriun, a diferença entre Esteros e esse novo trabalho é imensa, apesar de tratar-se
de um livro de fantasia, eu inovei muito nesse novo trabalho. Os personagens
são muito carismáticos e unidos, diferentes de Vamcast e Andor, os irmãos de:
os livros de Esteros.
A
TRAMA SE CONSTRÓI QUANDO, JOAQUIM, UM VELHO MAGO PARTE NA BUSCA DOS IRMÃOS, ELE
PRETENDE LEVÁ-LOS DE VOLTA PARA CASA, O MUNDO DE ORIUN SOFRE GRANDES PERIGOS,
POIS “ZARC” AMEAÇA OS HABITANTES DAQUELE MUNDO.
UMA
GRANDE INOVAÇÃO NESSE LIVRO FOI OS PERSONAGENS, AQUI OS LEITORES IRÃO SE
DEPARAR COM VARIADAS ESPÉCIES FANTÁSTICAS E CLASSES VISTAS NOS RPGS. EXISTEM
HEALLERS, SHAMÃS, WARRIORS, HUNTERS, MAGOS, PALADINOS E ETC.
QUEM
GOSTOU DE ESTEROS VAI GOSTAR MUITO DESSE NOVO TRABALHO, ESTOU USANDO TUDO O QUE
APRENDI QUANDO ESCREVI A SAGA ESTERIANA, A NARRATIVA ESTA SUAVE E AGRADÁVEL,
ABAIXO IREI APRESENTAR-LHES UMA PRÉVIA:
Sinopse:
Em um mundo; onde a
magia existiu de verdade, onde a paz e igualdade antes jamais abalada. Um
tirano ergueu-se dentre as trevas, com ele veio à sede pelo poder a qualquer
preço, alianças foram abaladas inocencentes sacrificados. A ganância de Zarc se alastrou
infinitamente, até mesmo as crianças eram obrigadas a integrar os seus
exércitos. A terceira parte de Oriun havia sido devastada completamente.
Após 15 anos de
tormenta, a esperança ressurge novamente - renasce, junto aos filhos
de Egoz.
Os
filhos de Egoz
O portal de Oriun
1.
No
frio inverno do Alasca, nas montanhas da cidade de Akriok, cuja população não
excedia 80 famílias – em um total de 200 habitantes. Um homem de aparência
desgastada, visivelmente entre a idade de 60 anos, com fortes traços orientais,
trajando um longo manto amarelado, movimentava-se, lentamente, enquanto seguia
observando os lindos iglus esculpidos pela própria neve conservada. O homem
montava um enorme urso-de-kodiak, cinzento, criatura poderosa, carnívora e
amedrontadora, mas para Joaquim, era um animal de estimação. Montaria doce e
mansa - um bom companheiro.
Ao
longe, em meio aos respingos de neves, que caiam suavemente sobre o vilarejo
desértico, Joaquim observa um homem parado, frente a sua moradia, sem muita
pressa, se aproxima, logo em seguida, inicia um diálogo com o morador local:
—
Saudações, meu senhor! Sou Joaquim Yang, descendente do clã sexto, da ordem dos
magos de Gyong-ju. Procuro por uma família de sobrenome “Silva” Gisele Silva e
Rafael Mello Silva, velhos amigos de longa data. — Ainda frente ao homem, que
se mantém calado, Joaquim pausa a conversa por alguns segundos, enquanto expele
um sopro quente, bafejando as suas luvas - sujas pelas rédeas que prendia o seu
animal.
— Há
sim, família Silva. O casal de brasileiros... Caminhe por mais oito iglus nessa
direção, a nona moradia é habitado pela família Silva. — Responde o homem, com
um sorriso estampado ao rosto, aparentemente, uma pessoa amistosa.
Joaquim
puxa com força a rédea, o animal se contorce, ficando ereto, antes de partir,
agradece:
—
Qual é a sua graça, meu bom homem?
—
Lazaro meu senhor, eu me chamo Lazaro!
—
Muito obrigado pela informação, Lazaro, tenha um bom dia! — O grande animal
cavalga pelos oitos iglus, até que estaciona frente à nona moradia. Joaquim
salta do animal, faz carinho na fera, retira uma garrafa, com um líquido
amarelado em seu interior. Vagarosamente leva-o aos lábios, toma um gole
demorado, em segui sussurra: “Salve Barbárie” respinga três gotas ao chão “Pro
santo”, em seguida deixa (o grande urso de nome Pow) prá trás, até que se vê
frente à porta congelada.
—
Rafael! Ôooo, Rafael...
—
Quem é? Gisele veja quem esta gritando na porta!
—
Olá?! Quem está ai? — Gisele se aproxima, abrindo a porta se depara com Joaquim
— Oi, eu posso ajudá-lo, meu senhor?
O
velho forçou um sorriso, exibindo os dentes amarelados por causa dos tantos
fumos que consumia diariamente:
—
Gisele? Não se lembra de mim, sou eu, Joaquim!
—
Joaquim... Não o reconheci, está bem mais velho!...
Havia
- se passado treze anos, desde o último encontro entre a família Silva e Yang,
muita coisa mudou, principalmente a fisionomia do velho amigo, Joaquim, que
agora expelia uma enorme barba branca. Tão longa que alcançava a enorme
barriga, coberta pela enorme vestimenta de pele de carneiro.
Rafael
caminhou em passos largos, próximo ao amigo, se jogou aos seus braços,
abraçando-o como se fossem parentes distantes, separados por longas datas:
—
Velho amigo, seja bem-vindo! O que o trás aqui, tão cedo?
—
Posso entrar antes de contar-lhe as novidades? — Perguntou Joaquim, com um
sorriso sobre o rosto, pálido, castigado pela ventania do Alasca.
—
Claro! Por favor, entre... — Respondeu-lhe Rafael.
O
velho adentrou o local, estremeceu o corpo em protesto conta o frio tortuoso, exibindo uma careta muito engraçada, iniciou um diálogo:
—
Serei breve meus amigos, nesse momento eu sugeriria para que se sentassem e se
possível, me sirvam uma bebida quente! — Joaquim sorriu — era um homem
espaçoso, mas suas próximas palavras, poderia não agradar o casal. Ser hilário
naquele momento seria válido...
Gisele
caminhou até a lareira, onde no canto esquerdo, havia várias latas de alimentos
vazias, mais acima, na tábua de madeira verde, que simulava um armário de
cozinha. Estocava; café, leite em pó, açúcar, arroz e feijão. Havia também
alguns animais cervos, conservados, próximos à pequena mesinha improvisada com
a cômoda envelhecida (um dos poucos pertences trazidos do Brasil). Um friozinho
agradável, soprava sobre a testa de Gisele — Que cantava uma bela canção —
deixando que a sua voz pairasse rumo à floresta congelada.
—
Pronto, o café esta delicioso, sirva-se Joaquim! — Respondeu Gisele sendo
atenciosa com ele.
Os
fiapos de barbas branquejados de Joaquim se movimentaram lentamente — ele
sorriu — levou a sua mão até a caneca, despejou o café preto, de cheiro forte,
logo se deliciou vagarosamente, “há como é delicioso o café brasileiro”...
Gisele
e Rafael se mostravam tensos, enquanto aguardava o velho degustar mais um gole
de café. Quando ele finalmente terminou, disse-lhes:
—
Agora é serio, eu trago notícias pouco amistosas! — Bateu à xícara de café na
mesa, Gisele deu um pulo da cadeira, levou a mão ao queixo e fez cara de
preocupada. Joaquim fixou o olhar sobre ela, voltou dizer:
—
Já, já eu conto. Deixe-me tomar mais uma xícara de café...
Velho
ranzinza “pensou Gisele”, mas continuou aguardando as palavras do homem.
Joaquim
juntou os lábios três vezes, exibindo um bico engraçado, soprou e se deliciou
novamente. Após consumir todo o liquido, se pronunciou:
—
Gisele, Rafael, não estou notando a presença dos garotos, onde estão? —
Pergunta Joaquim, enquanto enche outra caneca de café.
Gisele
arregalou os olhos — esse era o seu temor — Joaquim procurava por Alex e
Alexandre, seus filhos. Amados meninos:
— Os
meninos sairão, foram buscar madeiras na floresta, a noite costuma ser muito
fria por aqui, a fogueira deve ser alimentada de uma, em uma hora... —
Justificou Gisele, enquanto mordia o canto da boca, “mania de quem estava
preocupada”.
Rafael
entrando na conversa, faz um comentário:
—
Mas, ainda não é chegada a hora de buscar os meninos, ainda não completaram os
dezoito anos, Alex está com quinze, Alexandre com dezessete. Pensei que a sua
visita seria para outro propósito. — Murmura Rafael, com olhos firmes.
Joaquim
respondeu rapidamente:
— As
coisas mudaram, caros amigos... A terra de Oriun sofre grandes perdas, Zarc
ameaça invadir o mundo dos humanos, nossos soldados não suprem mais os seus
exércitos, fomos obrigados a mudar os nossos planos. Precisaremos treinar os
garotos, eles deverão ser entregues antes de completar a maioridade, se não o
fizermos; o mundo corre grande perigo...
—
Joaquim disse essas palavras com olhos firmes e rígidos, sobre o casal. O café
esfriava sobre a mesa.
Gisele
esbofeteou a mesa, lançando a xícara ao chão:
—
Não! Não, e Não Poderá levá-los, foi designado para que nós cuidássemos deles
até os dezoito, não pode levar os meus meninos. — Gisele se levanta em prantos,
Rafael levanta-se, acolhe a esposa sobre os seus braços.
Joaquim
se apoderou de um pano de prato sobre a mesa, limpou os respingos de café, em
seguida se pronunciou:
—
Infelizmente, as coisas mudarão. Eu não gosto da ideia de usar crianças, como
soldados, mas não temos outra escolha. Saiba que não são somente os filhos de
Egoz que deverão ser entregues a Zarc, todos os garotos de Oriun serão
obrigados a lutar. — O mago pausou a conversa, em seguida voltou a dialogar
Antes que os garotos fossem entregues a vocês, já foi anunciado que não seriam
crianças normais, não são humanos, também não são seus filhos de sangue. Não
quero que eles saibam que podem perder pela segunda vez as suas famílias, então
as coisas devem acontecer normalmente. Há, e, Vocês deverão vir comigo, também!
Rafael
prestou atenção nas últimas palavras do mago:
—
Serio? Obrigado, Joaquim! – Responde, enquanto consolava Gisele...
—
Nos iremos! Menos mal... — Sussurrou Gisele, feliz por poder acompanhar os
filhos na breve viagem.
Floresta congelada de akriok
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Mais
adiante, em meio à enorme floresta congelada, Alex, corre em dispara, enquanto
é seguido por Alexandre; que dispara em sua direção pequenas bolinhas de neve.
Uma brincadeira muito explorada pelos garotos do Alasca.
—
Bem na nuca! Há! Há! Contínuo com a mira calibrada! — Grita Alexandre se
gabando, por ter acertado pela quarta vez, a nuca de Alex.
—
Não valeu! Você esta usando magia, outra vez. Não vale! — Choramingou Alex, não
aceitava perder em tudo para o irmão.
— Já
disse que não sei usar magias, sempre quando você perde, diz essas coisas... —
Respondeu-lhe, Alexandre, o irmão mais velho, um tanto marrento.
—To
sabendo, tem sorte que não consigo usar magias, senão ia ver só!
—
Deixa de conversa, engraçadinho! Vamos pegar os troncos e ir para casa, a mamãe
já deve estar preocupada...
—
Tem muita sorte, muita mesmo, senhor Alexandre... — Murmurava Alex, baixinho
enquanto caminhava em direção aos troncos cortados.
Alex
juntava as madeiras do canto direito, Alexandre do esquerdo, havia muita
madeira sobre a neve. Cada qual tinha a sua machadinha própria e muita
disposição para garimpar as árvores ressecadas. Castigadas pelo vento forte.
Alex
queria disputar até mesmo, quem juntaria o maior monte de madeiras, os irmãos
eram brincalhões, inseparáveis. O último tronco estava há cinco metros, próximo
à pequena moita de neve. Alex olhou em direção ao irmão, que já observava o
mesmo pedaço de tronco.
Quem chegaria primeiro?
—
Há! Há! — Se gabou Alexandre, enquanto forçando o seu calcanhar, arranca em
disparada... Mas há dois metros tropeça e cai de cara na neve. — Alex sorri
enquanto rapidamente exibe o seu premio “Eu disse, desta vez eu ganhei, recolhi
mais madeiras do que você”!
Alexandre
acenou para o irmão caçula — na verdade ele caiu por querer — “Vamos embora,
essa você ganhou”!
Alex
estava muito feliz pela vitória e preparado para seguir rumo à sua casa. Até
que chão estremeceu, o monte de neve ao seu lado foi lançado ao ar, um enorme
URSO polar, surge com suas garras afiadas e os seus dentes ameaçadores. O
pequeno caiu de costas ao chão, à criatura ficou ereto, de pé, estava pronto
para devorá-lo.
—
Foge irmão, foge! —Alexandre estava totalmente desesperado, mas não havia como
escapar, a criatura deslizou em direção ao irmão caçula, pronto para matá-lo. —
Alexandre ficou aéreo — o seu corpo estava quente, o seu coração disparado,
olhos avermelhados e rígidos. Talvez fosse medo, coragem. Agora não seria uma
boa hora para distinguir tamanho sentimento. — Alexandre curvou o seu corpo há
frente, lançou a sua mão direita para trás, tão fortemente que riscou a neve -
profundamente. Em poucos instantes projeta as duas mãos em direção ao animal,
lançando sobre a criatura uma grande bola de magia dourada, — o local estremece
— o animal foi lançado a três metros de distancia,
faíscas avermelhadas são lançadas em várias direções. O animal expele um rugido
agudo, rapidamente foge em dispara, rumo à floresta sem fim.
Alexandre
correu em direção ao irmão, puxou o seu braço, em seguida disse-lhe:
—
Vamos rápido, temos que partir... — Se abaixou, pegaram em seus braços quantos
troncos podiam carregar.
Ele deixou que Alex andasse na frente, caminhavam em
direção a sua casa. Alex ficou em silêncio, caminhou vagarosamente, enquanto
podia observar pequenas escoriações na neve, que derretia quando tocada pelos restos
de magias, criadas pelo irmão. Não comentou sequer uma palavra, mas os seus
pensamentos ficaram atordoados pela realidade do acontecimento. Outra vez havia
sido salvo pelo irmão mais velho...