Boa tarde, amigos leitores,
Hoje irei postar a primeira parte da minha mitologia particular, sim, Esteros têm uma mitologia particular. ( Serão 4 partes, que virão como prefácio - no miolo dos livros a serem publicados, no decorrer da saga).
Ao criar a minha saga de FANTASIA MEDIEVAL, a minha primeira ideia foi ser autentico, criar algo realmente meu, NOVO, Esteros nasceu com essa promessa. Sei que muita gente irá notar inspirações minhas, de coisas já existentes na nossa realidade literária e virtual, principalmente do RPG, mas quando me refiro a "originalidade" digo; nomes, planetas, raças inéditas, esporte, trama, História e etc. Isso ninguém poderá negar; que é uma originalidade...
Outra novidade sobre Esteros, será que os próximos capítulos receberão ilustrações do autor Junior Menezes, já posso adiantar: Os desenhos estão lindos!
Parte 1.
Existe uma lenda muito forte sobre o surgimento dos deuses, essa lenda é diariamente contada em todos os mundos e galáxias com vidas existentes no universo. Uma lenda tão convincente que é conhecida como a criação dos deuses, que chega também muito próxima de ser a verdadeira criação da vida.
A vida é a herança dada pelo criador aos seus escolhidos, homens que deviam ter como as suas metas principais cultivá-las, mantê-las em perfeita harmonia e paz. Os povos que tiveram uma segunda chance ganharam como seu legado o direito de viver, um direito que também deveria ser semeado com o único propósito de ser a maior criação do supremo.
A lenda mais convincente:
No começo do universo, antes mesmo de Nazebur e seus irmãos deuses dominarem esses planetas, existiu uma criação imensa de deuses imortais. Eram conhecidos como Os Místicos Anderdrais. Várias raças de diversas aparências que viviam em um paraíso chamado de Paramound.
Eram milhares de povos de todas as raças e aparências, esse Paramound era um planeta gigantesco que cobria todo o vago universo. O grande planeta continha os elementos principais da vida que são; terra, água, ar e fogo. Não existia espaço vago no universo somente um único planeta gigantesco.
Este lugar era lindo, a paz reinava incessante entre todas as espécies, ninguém podia morrer; o demônio da morte não existia a vida era para sempre. O Criador de tudo isso não se apresentava para nós como criador era somente uma criatura doce e bela, chamada de Supremo.
O ser supremo andava sobre nós como um Deus doce e sincero, que se mostrava paciente e prestativo, colocando-se como um homem amoroso e fiel. “O amor do criador pela sua criação era tamanha, que não se abria brecha para que mal algum se manifestasse no paraíso”. Esse amor era retribuído por todos, maldades, mortes, inferno, destruições, sentimentos carnais e imundos, não existiam.
O Paraíso foi habitado por milhares de anos por seres imortais, esses milhares de anos foram melhores do que o dia mais feliz de nossas vidas. Não dá para se comparar um dia feliz nosso; com um único minuto vivido no paraíso.
O lugar ficou intacto por séculos, o criador querendo agradar a sua criação sempre buscava melhoras para seus filhos, com o passar do tempo começou a fazer modificações e assim melhorando a cada dia o local onde vivia com seus seguidores. Pensando em criar algo realmente perfeito, começou a nomear criaturas para poder ajudá-lo em sua administração. Seguidamente uma grande seleção foi iniciada, então o criador renumerou os seus mais próximos seguidores, dando a eles asas que seriam para que pudessem voar para assim chegarem mais rápido as criaturas necessitadas. Ajudando-as em palavras de conforto, mantendo todas as pessoas em um equilíbrio perfeito com o bem, evitando que o mal jamais brotasse na vida de nenhum dos habitantes do paraíso.
Os seguidores tornaram-se criaturas de aparências chamativas, tendo como suas principais características as suas belezas avantajadas, como exemplo, os olhos azuis-claros como os céus, os cabelos loiros como as luzes do sol, a pele limpa e clara como as areias do mar. Todos eles também receberam novos nomes independentes e um único nome em particular, que os diferenciariam dos demais viventes do Paramound, agora eram chamados de Anjos.
Esses anjos tinham um lugar privilegiado ao lado do criador, eram doze anjos, mas apenas dois tinham um grande destaque e seguiam de perto o seu criador. Esses dois com nomes de Soriom e Soriam que eram gêmeos. Criaturas belas de pele brancas e olhos azuis tinham uma missão importante no paraíso, pois guardavam as chaves dos sete pecados capitais.
Os setes pecados capitais:
Avareza
Melancolia
Preguiça
Luxúria
Orgulho
Gula
Inveja
A paz na vida dos imortais só seria perfeita, se esses pecados continuassem trancados com as sete chaves do milênio, pois os pecados eram o lado mau da história da vida, se um dia alguém abrisse um destes baús sagrados, o pecado identificado por trazer seu male afetaria os povos. A partir deste pecado viriam as outras pragas que afetariam a vida, como por exemplo: assassinatos, roubos, traições, doenças, etc.
Os dois anjos Soriom e Soriam se mantinham firmes, cuidando dos baús sagrados com todas as suas dedicações a esse propósito, o criador por sua vez sempre os visitava, deixando claro que jamais os baús poderiam ser abertos, pois eram prioridades máximas, era preciso evitar que todos se aproximassem de seus conteúdos. Os anjos apesar de não possuírem a maldade e nem mesmo algum sentimento imundo diante de seu criador, começaram a imaginar o que poderia estar escondido dentro dos baús sagrados.
Com uma imensa simplicidade, olhavam os baús com um tom de amor e vontade de compartilhar com eles o imenso fardo que carregavam em seus interiores. Apesar de existir o lado mal que influencia tudo que existe com vida no mundo em geral, o mal às vezes pode ser um começo de um bem muito mal anunciado, esse mal transparente tem um nome específico; ele se chama ingenuidade.
Certo dia, os anjos tendo uma pequena vontade de conhecer os conteúdos dos baús, resolveram entre si espiar o que havia dentro dos cujos baús sagrados. Então escolheram o sétimo baú que era o "orgulho". Vagarosamente, Soriom abriu um baú, somente uma pequena parte, tão pequena que seria similar à espessura de uma agulha de costura.
Primeiro Soriom espiou e nada viu, pois os baús aparentemente eram vazios, em seus interiores não continham nada, somente espaços vazios, Soriam ao espiar seguidamente se indagou e percebe que não havia mesmo nada ali. Só que o orgulho foi aberto, bastou uma pequena brecha dos anjos para que a inveja viesse depois do orgulho, depois deste dia os anjos começaram a invejar a supremacia do criador; junto as suas criaturas.
Com o passar dos dias, os dois irmãos planejaram uma rebelião contra o seu criador, muito devagar mostravam os conteúdos dos baús para os outros dez anjos supremos, que também se contaminavam. Totalmente dominados por tantas imundices; agora iriam tomar o paraíso. Os anjos tinham um plano terrível, que seria expulsar o deus soberano de seu trono.
Só que o supremo criador conhecia os sintomas do sétimo pecado e percebeu que o equilíbrio foi abalado, ao tentar argumento com seus anjos, houve uma grande rebelião no paraíso. Os anjos em ato de rebeldia, luxúria, vaidade, raiva e todas as outras pragas, carregaram até os baús às chaves milenares, usando todas as chaves abriram os baús por completo, fazendo com que todos fossem contaminados por esses males.
Depois desse dia Lucyer, o sexto anjo que agora era demoníaco, forjou doze pedras espirituais que passaram por um ritual macabro, um culto chamado de “o cântico dos anjos”. Inicialmente, as pedras seriam usadas para uma pré-rebelião contra o criador, pedras que seriam capazes de dar poderes aos anjos; misturando a magia negra com a branca, transformando-os em espécies de demônios poderosos.
Alguns possuidores das pedras obtiveram asas negras e outros ainda mantinham uma de suas asas brancas; de um lado, do outro estavam negras assim como as dos demais. E foi assim aonde surgiram os primeiros demônios do paraíso...
Totalmente contaminadas por promessas inalcançáveis, as pessoas daquele lugar começaram a reclamar com o criador, pediam melhorias no paraíso, questionavam as suas palavras, brigavam entre si tomavam as riquezas uns dos outros, extorquiam e matavam, muitos obtiveram habilidades demoníacas e começaram a serem chamados de demônios. O criador agora só teve uma saída; teria que destruir tudo o que criou, mas amou de tal maneira a sua criação, que teve uma última ideia.
Nesse paraíso existia um grupo de povos isolados, que serviam somente para agradar os imortais e servi-los em seus propósitos e vontades. Esses seres podiam ter filhos, se reproduziam, nasciam pequenas criaturas chamadas de “Crianças” que eram belas e puras, mesmo com os sete baús abertos o mal parecia não telas afetadas, ainda assim continuavam puras e amorosas.
O criador dando uma última chance para a vida, juntou trinta dessas pequenas criaturas e deu a elas o Dom da imortalidade e, poderes sem igual. Ele as chamou de deuses. Esses pequenos ficaram guardados em pequenas bolas de energias, com eles pequenas sementes, que deveriam ser semeadas brevemente. Sendo plantadas brotariam vidas, que seriam os seus legados dali para frente.
Os pequenos deuses foram protegidos com o propósito de começarem novas vidas, em outros mundos que seriam criados brevemente, pois o criador destruiria todo esse mundo chamado de paraíso.
O criador com o seu coração apertado e angustiado, subiu em uma grande montanha, da parte mais alta do Paramound podia observar todos que ali estavam. Eles faziam farra, andavam pelados mostrando seus corpos, praticando orgias sexuais e gestos obscenos, mentiam uns para os outros e se digladiavam. O mal agora já dominava este mundo completamente.
O Supremo, em ato de desespero chorou por todos os seus filhos, que agora eram rebeldes e ameaçavam o começo de uma rebelião incontrolável. Em ato de uma última circunstância lançou uma poderosa energia sobre o paraíso, que similar a um grande Big-Bang, explodiu tudo formando um grande universo.
Os pedaços do paraíso foram lançados há distâncias gigantescas; formando espaços chamados de galáxias e Cordilhetes. Esses pedaços do paraíso que foram arremessados ao espaço, juntamente com as suas propriedades vivas, transformaram-se em hospedeiros de minúsculas criaturas, que foram chamadas de planetas, tomando formas diversas.
Junto com esses grandes pedaços do paraíso nasceram sementes de plantas, misturando-se com água fez nascer pequenas vidas e jardins belos e enormes, recriando agora novos habitats; capazes de abrigar novas vidas inteligentes, que estavam para ser semeadas ali.
Todos os habitantes do paraíso foram mortos com a grande explosão, somente os trintas deuses se salvaram, foram arremessados para os grandes planetas de todas as galáxias, sendo liberados aleatoriamente de suas cápsulas tomaram os seus bens concebidos. Eles começaram a semear os planetas, fazendo com que surgissem vidas; “as vidas inteligentes” que foram chamadas de homens e mulheres, esses seres diferentes dos deuses não eram imortais.
Os mortais tinham o dom de se procriar, tinham a missão de povoar todos os planetas com as suas raças. Depois de viver intensamente suas vidas iriam morrer, voltando em outros planetas, obtendo a dádiva de viver feliz para sempre, e nunca se entediarem de suas existências.
Com o passar dos anos, os povos cresceram formando-se homens e mulheres adultas, no decorrer as populações também foram aumentando, só que uma coisa não estava perfeita entre os homens, pois haviam herdado todos os desejos e pecados vindos dos deuses.
Eles só eram puros em fase criança, quando crescessem desenvolveriam os setes pecados capitais. Mas os homens também tinham um presente em especial, que podia diferenciá-los dos demais: a humildade. Os deuses deviam apenas cuidar para que eles nunca soubessem dos tais pecados, sendo assim não desenvolveriam as características maldosas dos seus ancestrais.
Depois de a grande explosão acontecer, as pedras espirituais foram usadas em outro propósito, pois Lucyer em um segundo culto, aprisionou os anjos rebelados dentro delas, em seguida, foram lançados ao espaço, alguns foram usados pelos deuses, que cresceram se formando homens ambiciosos, outros ainda vagam sem rumo ao espaço, mais seis deles foram lançados aos planetas e seguem sem memória, não se lembrando dos seus passados tenebrosos.
Depois da explosão tudo correu bem por milhares de anos, até o dia de Nazebur. Depois desse dia, todos nós sabemos o que aconteceu com os planetas e povos, então essa luta é para salvar os planetas que foram feridos em batalha, mas não mortos, eles ainda vivem; só depende de todos nós lutarmos por eles.
Ilustrações exclusivas dos livros de Esteros - Proibida à copia ilegal.