Tirando o fim de tarde para escrever, afinal, eu também tenho direito, não é? hehehehe...
O meu próximo livro publicado, provavelmente será O portal de Oriun - Os filhos de Egoz, nesse livro eu pretendo criar personagens mais "cativantes" comparado a Os livros de Esteros,
na verdade, confesso, eu sempre tive dificuldade em fazer os leitores
amarem meus personagens, talvez por isso prefiro escrever épicos. Só que
nesse livro eu estou confiante!
(Obs: Texto sem revisões de profissionais).
Leiam um trecho:
TERRAS DESCONHECIDAS
Amanheceu na pensão de Ernesto... Exatamente às seis horas da manha o barulho expelido pelas muletas de Jesse que caminhava pesadamente no corredor acordou todo o grupo. O café cheirava bem, e mestre Ernesto havia preparado bolinhos de chuva para os visitantes.
— A mesa está preparada sentem-se e se fartem! — disse o cozinheiro logo quando o grupo desceu as escadarias.
— Obrigado! — disse Juliana.
— Bolinhos de chuva? — gritou Alex.
— Sim, é a especialidade de Ernesto. — disse Rubem e sentou-se a mesa, frente a Alexandre.
Alexandre levou seus olhos rumo a ele, acenou a cabeça e sorriu.
Antes de se fartarem os garotos levaram timidamente as mãos até o queixo e rezaram, não sabiam para qual Deus fariam a sua oração, mas mesmo assim, encenaram uma. Jesse estava muito calado hoje, só comia e ainda não dissera uma só palavra.
Quando saíram da mesa todos foram preparar as suas malas e apetrechos, algumas roupas ainda estavam nos varais. Alex poliu a sua espada e escudo, estava muito sorridente. Mestre Ernesto ofertara a eles algumas mulas e água, também um pouco de comida para a viagem.
Juliana foi a primeira a descer as escadas, estava preparada apenas aguardando para que o grupo se juntasse a ela.
— Eles parecem confiantes e felizes. — disse Ernesto, era o único que estava ali ao lado de Juliana, aguardavam os demais.
— Eles precisam esquecer o conforto de sua casa terrestre. De hoje em diante a coisa vai mudar...
— Estarão em boa companhia...
— Espero que meu pai esteja certo nessa escolha, pois eu...
Juliana foi interrompida por Agnesio, que trazia muitas malas nos braços e estava pronto para partir — vamos partir!
Despediram-se, e prepararam as mulas. Partiram...
O destino do grupo era as belas geleiras do leste. Em busca do portal que os levariam as terras mortas de SVARTALFHEIM. Nenhum deles temia o perigo ou sequer imaginavam o que os aguardaria, tudo era novidade, e nem mesmo Jesse havia se bandeado as terras de Azubab.
O Inverno Oriundano era conhecido como sendo rigoroso, e aquele não parecia disposto a ser uma exceção, muito pelo contrário. No início da caminhada, logo nas primeiras horas, os fortes ventos tinham mantido o céu limpo, e o seu fim sinalizara o início de alguns fortes nevões que tinham revestido a paisagem com um carpete de neve. O mau tempo cessara apenas algumas horas atrás, já nas primeiras paisagens as árvores estavam em grande parte encobertas pelo gelo endurecido, aparentavam ter sacudido os flocos em formatos pontiagudos e curvos. O solo em sua maioria continuava coberto de neve, o que criava uma imagem contrastante com o escuro.
Nuvens tênues e dispersas eram coloridas de rosado à medida que o sol se punha, despejando as sombras das montanhas sobre o trilho que seguia os contornos dos seus pés, antecipando a vinda da noite congelante. Os únicos sinais de vida na área verificavam-se em redor de rochas e matos endurecidos, havia esquilos e pequenos camundongos cruzando seus caminhos. Jesse guiava a carroça cobertura de lona à qual levava seus pertences e toda a comida que tinham, conduzindo-a havia duas mulas castanhas. Jesse tinha a perna esquerda cortada pela lâmina de uma espada, o frio era como facas cortantes que se movimentavam na carne macia pressa pelas talas. Jesse se encontrava de perna estendida dentro da carroça, ele sabia que as mulas não sobreviveriam por muito tempo e logo teriam que sacrificá-las, mas mesmo assim, ele escolhera aquele como o seu local de eleição onde passava a maioria do tempo, tanto devido ao seu ferimento como à falta de vontade de conviver com mais humanos que o mesmo achava desnecessário.
Havia fogueira ao lado desta, e Juliana, Rubem e Alex limpavam com neve os pratos da sua refeição.
Alexandre após terminar de lavar o seu prato caminhou e sentou-se sobre uma pedra ao lado da fogueira. Retirou o seu livro de magias e começou a folhear, estava levemente escuro e não tinha o que fazer. Naquele momento percebeu que Graziela sentou-se ao seu lado e estava prestando atenção nas palavras.
— Gosta de magias Graziela? — perguntou chamando a sua atenção.
— gosto...
— Senta ai, vamos ler juntos.
— Sim — concordou a jovem, retirando um punhado de neve para do acento.
Alexandre levou o dedo indicador em cima de uma palavra e deixou que ela lesse:
— Ená ester-o hã? — indagou a criança, pressionando as bochechas com as mãos.
— Não sabe ler? — perguntou o garoto.
— Não muito — disse ela — mas aprendo fácil as palavras.
— Hum, essa magia é levitação... e aqui está escrito “enac – leviatãn”. Aqui explica que a magia só funcionará se a pessoa estiver muito concentrada, é preciso guiar o objeto com as mãos e...
— “enac – leviatãn” — disse a garota e quando Alexandre engoliu suas últimas palavras ela movia uma pedra pequena de um lado ao outro.
— Uau! — você é boa nisso! — disse maravilhado, pois ainda não conseguira dominar aquele feitiço.
— Eu disse que aprendo rápido — ela sorriu e continuou prestando atenção no livro.
— De fato! — sussurrou ele e continuou folheando.
Mais adiante Agnesio trava uma batalha campal com Alex. Enquanto maneja sua espada e troca golpes com o garoto, segue dizendo:
— O foco e a concentração são essenciais numa batalha, se ficar olhando sua espada enquanto me golpeia o matarei dez vezes em um minuto!
— Como assim?
— O inimigo sou eu ou sua espada?
— Você!
— Então olha pra mim, garoto.
Alex olhava, mas esquecia-se da espada, pendia sempre para frente e dobrava os joelhos como se perdesse o equilíbrio.
— Olha para mim e ataca.
— Posso mesmo?
— Vou ter que esperar muito tempo?
“Tempo”... Pensou Juliana que estava próxima observando o duelo. O tempo... ela nunca lhe dera grande importância, e sempre dispusera dele em abundância, mas agora tinha a distinta sensação de que estava a passar demasiado depressa. Tudo adquirira um rumo tão frenético e acelerado desde o rapto de seu pai, como se a sua vida estivesse a passar diante de seus olhos enquanto se encaminhava para a sua morte...
A jovem Juliana não estava interessada nem minimamente comovida pelos acontecimentos com a família dos humanos. Por sua vontade, e se não fosse por Joaquim, ela não estaria ali com aquele grupo, não tinha nenhum sentimento de compaixão ou amizade por eles, mesmo que Alexandre fosse “engraçadinho” ela não se tocava por ele, já os demais podiam morrer sozinhos que ela não lhes reservaria sequer um pensamento compadecido. Ela só veio porque não há outro jeito, e o que estava a fazer agora era pouco mais empreendedor do que deixar a sorte nas mãos dos deuses, a esperança de que poderia fazer algo para salvar seu pai. A sua robusta bota pisou a neve com força, como se estivesse a esmagar o pensamento. Apesar da raiva que a movia, havia momentos de fraqueza que frequentemente a tentava desviar-se de sua culpa por deixá-lo sozinho mesmo sentindo aquele frio na espinha antes de partir contra os invasores, e era nesses instantes que o seu sangue começava a ferver como que em resposta pela teimosia em não ter retornado.
— Alex? — ouviu a desdentada vozinha de Graziela que pronunciava o seu nome com um agudo exagerado. A criança estava agarrada a uma pequena capa com capuz forrada a peles de urso, elevou as mãos próximas à boca e continuava a chamar atenção do menino. — Não se machuque! Tenha cuidado...
— Pode deixar... — indagou o menino, pressionando o punho contra a espada e voltou a prestar atenção em Agnesio.
Agnesio franziu o sobreolho, levando a mão sobre o crescimento de barba no rosto e olhando para Alex, perguntou:
— Por que está vermelho?
Alex disfarçou que sentia algo pela garota, mas Agnesio sabia que não era devido ao frio. Soltou uma vaporosa baforada com um suspiro e forçou um sorriso, despenteando os cabelos negros.
Alex sorriu também:
— Vamos continuar? — sugeriu o jovem, mantendo uma cara simpática.
— Vamos ver o que pode fazer moleque!
Alex desembainhou a espada, fez posição de ataque e observou que Agnesio estava focado e aguardando algo.
O menino tentou um golpe reto e Agnesio lançou o corpo ao lado direto, deixou que a pequena lâmina passasse próximo ao seu corpo, o garoto tentou um segundo golpe e ao retornar a lâmina num golpe rodado errou novamente. Agnesio voltou a lançar o corpo para trás com facilidade, apanhou o punho do garoto e torceu o braço frágil, forçou o pé direito e desferiu-lhe uma rasteira lançando seu corpo pesadamente ao solo.
— Espadas precisam de habilidades, e o homem com quem você acaba lutando pode ter treinado essas habilidades durante anos, por isso precisa ser melhor. Caso contrário está morto. E aqui precisamos ser os melhores, se for apenas um bebê chorão deve voltar para casa e ficar escondido com os aldeões.
— Estou lutando, eu estou tentando, não está vendo?
— Luta como um frangote! Não merece está espada. — Baixou e arrancou a lâmina das mãos do menino.
Alex agachou-se no chão, juntou os cotovelos próximos às pernas e baixou a cabeça, chorou timidamente.
— Bater num garoto é fácil! — Murmurou Jesse. Vinha caminhando com ajuda da muleta, a tala estava frouxa e o anão exibia feição de dor. Baixou próximo ao garoto e o ajudou a se levantar.
Jesse requisitou a espada das mãos de Agnesio e devolveu ao garoto, virou-se de costas e pretendia voltar à carroça, mas antes que retornasse foi interrompido.
— Bateria em você se não tivesse com um ferimento nas pernas!
Após ouvir tais afrontas, Jesse parou o corpo bruscamente, se manteve por alguns segundos em silêncio. Todos no local prestaram atenção naquilo e souberam que Agnesio não deveria ter dito aquelas palavras.
— Seu porco filho de uma rapariga retire suas palavras, agora, ou irei arrebentar a sua cara, mesmo só com uma perna.
— Calma gente, não precisa disso! — Falou Juliana se aproximando.
— Não desperdicem suas energias por besteiras. Não existe necessidade de provar nada. Agnesio, apenas ensine o garoto e tente ser gentil com ele. — Falou Rubem ao se aproximar.
— Esse anão carrancudo fica questionando meus métodos de ensino, e se fosse tão bom guerreiro assim não estaria andando com uma perna só.
— Alexandre, busque meu machado! — Gritou o anão.
— Não pegue Alexandre, não precisam fazer isso. — Rubem insistia em separar a briga.
— Pega o meu machado, porcaria! — insistiu o anão.
— Mas... — Resmungou Rubem.
— Porcaria!!! — Alguém pega a droga do meu machado?
Rubem lançou um olhar sereno rumo ao garoto e fez sinal de positivo, ele por sua vez partiu em busca do machado. Jesse abandonou as muletas sobre a neve e baixou o corpo. forçou o barbante que prendia as talas e apertou, sentiu dores profundas e fisgadas nos músculos partidos. A ferida tinha marcas de sangue e estava aberta, era um corte escuro e infeccionado que a cada dia piorava pela impaciência do anão, esse nunca descansava ou cuidava de sua ferida.
— O machado está aqui, Jesse.
— Me dê ele. — Jesse mancava menos agora, mas andava com dificuldade. Elevou o punho e apalpou o machado de cortes duplos, era um machado de guerra com o cabo decorado com argolas douradas.
— Se afastem, ensinarei uma lição a este homem!
— Não quero machucá-lo, mas se vier contra mim não terei outra opção. — disse Agnesio tentando se afastar.
— Me humilhou perante o grupo e agora vem com hipocrisia? Não finja se preocupar comigo, sei como tu é falso e sempre me odiou. Aproveita esse meu momento de inferioridade, vem lutar... vem...
Agnesio desembainhou sua lâmina, era uma espada grande que tocava o solo. O gigante fez feição séria, franziu as sobrancelhas, enrijeceu os músculos do corpo e balançou o peitoral exibindo seus bíceps.
— Então, me mostre o que pode fazer anãozinho... — Falou Agnesio em tom de superioridade.
Jesse pulou três vezes com uma perna só e correu mancando contra o adversário, lançou o machado num golpe de baixo para cima, gritou até suas veias do pescoço incharem “Bastardo!”. Agnesiou soube que ele estava lento e desviou-se com facilidade, chutou seu traseiro tão forte que o anão caiu de joelhos. Jesse se levantou e tentou golpeá-lo novamente, mas Agnesio rodava em círculos e humilhava-o, como se o anão fosse um simples touro adestrado.
Jesse tropeçava constantemente na tala e amaldiçoou sua perna manca. Não era aleijada, mas ele não conseguia correr tão depressa quanto antigamente. Lançou outro golpe desesperado contra o adversário, mas Agnesio tinha tanta certeza da vitória que abaixava a guarda constantemente e não golpeava com a lâmina, apenas desferia pontapés no traseiro do anão.
— Dê-me a honra de sua espada, seu covarde! Não sou um cão para ficar chutando meu traseiro.
Agjnesio baixou a espada. — Não quero mais lutar, não quero ferir um aleijado!
“Aleijado”... Jesse sentiu o gosto amargo do preconceito, antes um homem hábil e extremamente perigoso com um machado em mãos, agora tomava chutes no traseiro e era humilhado... grande ironia do destino... Sentia pouca emoção, ou melhor, sentia como se observasse a si mesmo, como se estivesse fora do seu corpo, perdeu sua força e o controle de seus movimentos, mas não perdera sua dignidade, ainda não morreu, estava vivo e tinha seu orgulho intacto. Os momentos seguintes não tinham a ver com habilidade, e sim com sangue-frio. Nunca havia enfrentado Agnesio numa batalha, mas o havia observado e sabia que gostava de se curvar para esquerda ao desferir o golpe. Isso o tornava um alvo fácil contra um homem pequeno. Em suas lutas Jesse se abaixava e usava o machado para afastar a espada do oponente, depois se virava rápido como uma serpente e usava o machado para atacar por trás. Isso havia funcionado muitas vezes.
O anão cofiou o machado no gelo, forçou-o e lançou um punhado de neve na face de Agnesio, esse chacoalhou o rosto e percebeu que o anão o atacaria. Agnesio curvou o corpo ao lado esquerdo como de costume, mas Jesse mudou o rumo de seu movimento e rodopiou ao lado direito. Lançou a dobra do machado sobre o tornozelo direito de Agnesio e puxou seu grande corpo com força, o homem pendeu o peso do corpo sobre a perna direita e perdeu o equilíbrio, caiu de costas no solo. Jesse desferiu sobre ele um golpe com o cabo do machado e feriu sua testa num golpe violento que o fez urrar de dor.
— Não subestime um aleijado vivo, ainda tenho meus braços!
Todos os presentes se puseram a admirar a inteligência de Jesse que mesmo estando em inferioridade derrubou o gigante. Alex sorriu e estava feliz em ver aquele estúpido levar uma lição.
— Agora basta! — disse Rubem, se aproximando.
De súbito, Agnesio surpreendeu o anão e arrancou o machado de suas mãos, forçou o corpo e levantou-se, rodopiou Jesse duas vezes como se fosse um menino num balanço, lançou seu pequeno corpo contra um rochedo próximo dali. O anão rodopiou na neve e a tala despedaçou-se, o corte desbeiçou a pele remoída e um sangue preto jorrou quando seu corpo se chocou contra a rocha. O impacto feriu suas costas e nuca, o deixou temporariamente desacordado.
— Meu Deus! Você o matou? — Alex correu para ajudá-lo.
— Seu monstro! — enraivou Juliana e foi junto.
Todos os demais se limitaram a fazer o mesmo e concordaram que Agnesio passou dos limites, pois o anão poderia matá-lo se quisesse, mas preferiu usar o gume e não a lâmina para feri-lo.
— Covarde! — gritou Juliana, tentando provocá-lo. Agnesio continuou sem dizer nada. Em vez disso levantou o braço esquerdo e largou o machado.
— Está se recuperando! — Falou Alex, comemorando.
— Ahhhh... Meu Deus! — Jesse apalpou a perna e contemplou o osso escapar em meio ao ferimento, era um corte profundo e agora com uma fratura exposta. Seu fêmur se partiu ao meio e a ferida estava infeccionada, um odor deselegante era expelido. Aquele homem estava para perder a perna.
— Você pode curá-lo? — Juliana questionou Rubem.
— Posso!
— Então o cure, ele está sofrendo!
— Rubem se abaixou e retirou o cajado que pendia nas costas por fora da manta, levou vagarosamente em direção ao anão, firmou seus olhos sobre ele, “Healling tufus” Um brilho tomou conta de seu corpo, uma aura azul se formou. Ele começou a flutuar, o seu corpo se restaurou e ficou totalmente curado. Todas as feridas desapareceram e finalmente Jesse estava em sua saúde perfeita.
O anão olhou para os lados como se ignorasse a presença de Rubem, se levantou e pisou forte na neve, entretanto não sentiu a dor de outrora, não agradeceu e sequer demonstrou qualquer sentimento de gratidão ao seu curador. Caminhou em direção ao machado abandonado, olhou para todos os lados e não viu Agnesio que desapareceu em meio aos arbustos. Jesse fez o mesmo e caminhou em direção à carroça. Ausentou-se ali.
— Se podia curá-lo antes porque nunca o fez? — perguntou Alex sem entender.
— Ele não me permitiria, não sei por que mas nunca gostou de mim...
— É muito mal agradecido! — disse Juliana.
— Não o culpo por sua ignorância, ele carrega a culpa de seu povo e isso é um fardo muito grande para um homem com um psicológico tão enfraquecido.
— De qualquer forma deveria ser mais gentil com quem lhe quer bem. — Disse o menino e depois partiu em direção a fogueira. Peter o escudeiro estava adormecido ao lado de Graziela e dormia um sono tão tranquilo que sequer presenciara as discórdias. Alex aproveitou o momento e retirou o cobertor, ajeitou o saco de dormir a uma distância segura da fogueira, adormeceu ali próximo a seu escudeiro...
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