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As crônicas de Fedors - O INÍCIO DA ESPERANÇA - ALDEMIR ALVES

Posted by Aldemir Alves

Olá, pessoal!


Tenho uma ótima notícia para quem leu o primeiro capítulo de: As crônicas de Fedors e está esperando a continuação: o livro está quase pronto!

Para quem não sabe o livro já tinha sido publicado há algum tempo, mas depois de conversar com alguns leitores e receber algumas críticas eu decidi reescrevê-lo do mesmo modo que fiz com o primeiro. A verdadeira essência da guerra precisa estar mais viva do que nunca na mente do leitor, no entanto, segundo alguns leitores; essa tênue precisava ser aprimorada, precisava ser mais "tocante" e "brutal". Afinal, o mundo está um caos e o leitor precisa sentir isso em meio a leitura.

O início da esperança apresentará um mundo abalado e destruído pela fúria dos orcs, mais ainda há esperança, e os povos precisarão deixar suas diferenças de lado e começar a trabalharem juntos...

Agora estou confiante que o segundo livro está ainda melhor do que o primeiro... Espero ter o livro pronto até Dezembro, quero muita revisão nesse original e só imprimiremos os exemplares quando o trabalho tiver a melhor qualidade possível. O livro será publicado pela Editora Selo Jovem. Fiquem ligados.



Leiam um capítulo:

Angel une-se a Morteros

13.

O anão galopou por algumas horas, seu coração batia forte como um tambor de guerra. olhava para trás constantemente e respirava fumegante. Lembrava-se da feição de Vamcast, era  um brutamontes confiante, um lutador, um homem nascido para o sangue, o aço e a batalha. Havia sido necessário um esforço gigantesco para juntar esse pequeno exército e foram trucidados em questão de segundos. Exércitos orcs assolavam  os continentes, queimando, saqueando, destruindo, matando. E cadê esse exército aliado? O exército do príncipe, se é que existia um... onde estaria?

O anão galopou até um acampamento ao norte. Passou por um emaranhado de  árvores, atravessando um trecho áspero de capim até onde o morro descia íngreme para o vale de um rio. O rio propriamente dito estava escondido pela névoa. Havia duas carroças próximas a margem, olhou para esquerda e caminhou mais adiante, em algum lugar, paradas numa trilha tinha duas mulas comendo um mato ressecado e endurecido pelo frio, ainda havia um pequeno nevoeiro cobrindo o caminho. Copas de árvores surgiam acima do nevoeiro. A oeste existia outro vale, muito mais raso.  A encosta mais próxima era recortada em terraços para as videiras, a mais distante era de terra arável que subia até um platô amplo e chato. Nada se movia por lá. Ficou em silêncio caminhando mais de vagar, e depois de uma pausa ouviu o som distante de uma trombeta. Tinha ouvido-a instantes atrás e se perguntara se fora sua imaginação.  Dois cães surgiram e começaram a latir, eriçaram as orelhas e olharam para o norte. Depois começaram a correr.

— Ei, espere! —  Anaquel, por curiosidade, foi na direção do som e seguiu os cachorros.

Havia um acampamento no meio das árvores altas num morro comprido, largo e alto que seguia ao norte do rio.  A longa encosta era cruzada por vinhedos, as parreiras amarradas com tiras de salgueiro em barbantes de cânhamo esticados entre postes de castanheira.

O acampamento estava todo fechado por pontaletes e troncos, era uma cerca viva, densa, que se estendia cruzando a encosta com largura de 3 metros ou pouco mais, formando um emaranhado longo e impenetrável de espinheiros e árvores novas. Havia duas aberturas largas na cerca viva.
Anaquel  olhou e viu um  exército se reunindo. Fileiras de homens usando malha e aço. Fileiras de homens com machados e marretas, manguais, porretes, espadas e lanças. Olhou para o alto e contemplou uma bandeira de guerra, era o símbolo do norte, eram camponeses e soldados de Mussafar, e disso ele tinha certeza.

Nesse momento Anaquel não podia fazer movimentos bruscos, havia arcos e bestas sendo mirados em sua direção. Firmou o pé direito no estribo, desceu de seu cavalo, amarrou-o em um toco de madeira e deixou que descansasse ali.

— Ei... Pare! Onde pensa que vai? Quem é você, identifique-se! — Angel surgiu caminhando, tinha o arco encordoado e uma flecha mirada no meio da testa do anão; os outros dois homens que a seguiam estavam com os arcos pendurados às costas e seguravam espadas.

Anquel fez  silêncio e levantou as mãos ao alto em sinal de rendição, olhou interrogativamente por cima dos ombros de Angel e percebeu que mais quatro indivíduos caminhavam em sua direção. O anão, vendo que foi rodeado por sete guerreiros, não esboça reação. Rapidamente volta a fixar o olhar sobre Angel, diz palavras em voz amigável:

 — Calma, sou de paz. Venho aqui à espera de um amigo de nome Morteros. Ele disse para que procurasse um povoado ao norte.
Angel pede para que os homens aguardem, pois é familiar o nome pronunciado pelo pequeno guerreiro.

 — Morteros? Conheço este nome, espere! Este Morteros luta em que propósito?

Anaquel continua com o diálogo:
 —  É um Deus. Sua missão é ajudar a libertar o nosso mundo do domínio do mal — Pausou a conversa — é bem alto e os cabelos são de longas espessuras, e possui asas. —   Baixou as mãos e começou a balançar simulando um voo.

— Seu cara de bunda! Deixe as mãos onde eu possa vê-las. — Disse Perlos, era um homem magro, alto, de cabelos lisos. Não teria mais de 20 ou 21 anos, com rosto incrivelmente bonito. Tinha cabelos escovados para trás, mostrando a testa alta, olhos azuis calmos e uma boca que parecia pairar constantemente à beira de um sorriso. Perlos é inteligente e estrategista. Sua mente estava muito além de seu tempo, e preferencialmente portava uma arma chamada gunslides, invenção feita por ele mesmo que usando um artifício chamado pólvora podia lançar esferas de chumbo a distâncias muito maiores do que as flechas e as bestas. Perlos ataca a longa distância, lançando projéteis dez vezes mais rápido do que as setas. Também é especialista em bombas e manipula formulas secretas a base de enxofre e combustão. Dizem que seus pais vieram das terras distantes do leste onde homens eram inventores e até mesmo o mar fora desbravado pelos seus ancestrais, falava de invenções estranhas como relógios mecânicos, bússola, astrolábio, e caravelas. Tinha um livro estranho pendurado nas costas por um velho cordão de malha tecido com fios de prata, carregava pequenas bolas de pólvora na cintura a qual apelidara de bolas de impacto.


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