Olá, Pessoal!
Para quem gosta dos meus livros e esta acompanhando a série: As crônicas de Fedors, venho avisar que o meu terceiro livro está quase pronto, agora estou nos últimos detalhes e depois irei me preocupar com revisões e ilustrações. O legal da história é que cada livro simula um "dia", então quem leu meus dois primeiros livros ficaram apenas 48 horas na companhia de Fedors.
Trecho, sinopse, possível capa e informações sobre o livro:
Edição: 1
Editora: Editora Selo Jovem
ISBN: 85-978-00-0-00
Ano: 2014
Páginas: 200
Sinopse - Os livros de Esteros - A verdade será revelada - Aldemir Alves
Livro 3 - No terceiro dia,
quando a lua apalpava os céus e as estrelas desfilavam o seu esplendor, a
verdade de Fedors veio à tona. As consequências de tamanho mistério, se
tornam devastadoras. Um homem, seus segredos, e a dor que o corrompe:
pois não há ferida mais dolorosa do que um lastimável golpe no
coração... “Não é bom que toda a verdade revele tranquilamente a sua
essência; e muitas vezes o silêncio é para o homem a melhor decisão”.
As crônicas de Fedors – A verdade será revelada.
Passaram-se duas noites e dois dias... Fedors, a cada dia, aprecia mais a presença de Salazar. O diálogo entre os dois amigos segue em ritmo, impressionante. Os acontecimentos na família Destrus, foram lamentáveis, obviamente, esse foi o último comentário proferido pelo viajante sem destino.
Pela terceira vez a lua ecoa ao horizonte, os pernilongos e demais mosquitos sanguessugas, voam desorientados pelo forte cheiro, expelido pelo cachimbo de Fedors. Salazar estava nesse momento: há vinte e uma horas sem dormir, as olheiras sobre seus olhos eram visíveis ao Undead. Percebendo a exaustão do amigo, Fedors, dispensa-o para que descanse um pouco — por hora, sugiro que descanse um pouco, meu amigo. Assim que saciar suas necessidades; eu voltarei a lhe contar a minha história...
Salazar bocejou, em seguida se deitou, esticando as pernas — sim, realmente! Nas últimas horas, me perdi em suas palavras, receio que - me esqueci das minhas necessidades humanas. — Responde Salazar, com aspecto de cansaço.
Fedors firmou seus olhos sobre Salazar, rangeu a testa, intrigado, perguntou — hum, não deixei de notar o jeito em que se refere à vida “humana” por acaso sente-se mal sendo mortal? — Pergunta Fedors, perturbado com o modo em que Salazar, refere se as suas necessidades diárias.
— Salazar Sorriu — Perdoe-me mais uma vez, por minhas palavras um tanto desatentas. Talvez seja o sono que está me deixando desorientado... — Agora Salazar estava deitado de frente, com os olhos fixados no céu, apreciava as estrelas.
Fedors percebe nesse instante que Salazar se distraiu e aparenta não dar mais atenção as suas palavras. Pausando a conversa, leva sua mão direita ao bolso, retira mais um punhado de fumo e coloca no cachimbo, logo em seguida, responde — talvez sim... Ou talvez esconda alguma coisa sobre seu passado, e queira dividir comigo? — Nesse momento Fedor volta a focar seu olhar sobre Salazar, de algum modo, desconfia que o viajante esconda algo sobre sua origem...
— Não!... Respondeu-lhe Salazar, sem olhar em seus olhos.
— Não? O que quer dizer com “Não”?! — Pergunta Fedors.
Salazar virou o rosto em direção a Fedors, voltou a sorrir, com os olhos pequenos de tanto sono, respondeu-lhe, — não tenho nada a contar-lhe sobre mim, que já não saiba. Sou apenas um viajante que deseja mais uma noite em sua companhia. Dormirei por algumas horas, assim que restabelecer as minhas energias: voltarei a apreciar a sua história... desejo ouvi-la até o final, mesmo que seja lamentável. — Afirmou Salazar, quase que já pregando os olhos de tanto sono.
Fedors fez cara de surpreso, desta vez respondeu em voz alta, e muito rapidamente — lamentável?! Mas ainda nem terminei de contá-la a você, como presume que seja lamentável?
Salazar adormeceu e nem sequer ouviu as últimas frases de Fedors, que o contemplou por alguns minutos. Levantando-se caminhou em sua direção, levando suas mãos tocou-o, deixando seu corpo descansar sobre o tronco da árvore. Virando-se retirou um lençol e forrou sobre a grama que pisava. Apalpou novamente o corpo adormecido de Salazar, chacoalhou a cabeça em sentido horário, parecia confuso. Mas deitou-o sobre o lençol e o deixou repousar.
E Fedors, continuou a fumar o seu enorme cachimbo, prateado, em seus pensamentos imaginava quem poderia ser aquele homem, alguém que seguia fissurado em sua história. Uma pessoa especial que doou a ele todo o seu tempo e nem sequer se amedrontou com a forma horrível e desfigurada que se encontrava.
Já não mais importa quem seja ele, agora, Fedors o acolheu como amigo...
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